São Paulo, domingo, 19 de janeiro de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Samambaia, a missão

SUZANA CAMARÁ

Tida até pouco tempo como brega e trivial, a samambaia ressucita em jardins poderosos como planta curinga e exuberante
Ela já foi, já voltou e talvez por ainda não ter dado tudo o que tinha de dar, está de novo por cima. De vasos, mesas e cachepôs modernos ou pendurada em terraços, tetos e suportes hi-tech.
Enaltecida por um sem-fim de revistas estrangeiras sobre paisagismo e decoração como a única planta ornamental coerente com todos os estilos do final deste século, a samambaia, quem diria, também anda perturbando o alto-gosto brazuca.
Mas, por ser abundante em qualquer canto tropical e barata por natureza, não poderia ser encarada pelos modistas daqui como uma grande novidade.
Resultado: bacana agora é chamar a velha e boa samambaia de gleiquênia, sua designação oficial.
Portanto, se você está morrendo de saudades de ostentar uma belíssima samambaia de metro em sua sala, não se acanhe.
Chame-a de gleiquênia e se prepare para abafar como craque em modernidades paisagísticas.

Texto Anterior: Ar condicionado
Próximo Texto: Combate urbano
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.