São Paulo, segunda-feira, 20 de janeiro de 1997
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Skank resolveu apostar num CD

FABIAN DÉCIO CHACUR

"Quando começamos, em 91, vínhamos de experiências anteriores como o grupo Pozo Alto. O Fernando Furtado poderia ter integrado o Skank, mas virou nosso empresário. Fazíamos shows em bares e em festas realizadas em sítios nos arredores de Belo Horizonte, nos quais ia muita gente. Durante um ano, juntamos o dinheiro desses shows numa poupança. Pensamos numa fita demo, mas o Fernando achou que gravar um CD seria um investimento mais ousado. Ninguém na época fazia isso. Resolvemos encarar, pois as gravadoras não estavam dando chances para grupos novos. Fizemos 3.000 cópias em 92, que vendemos e enviamos para gente na mídia, tipo o Carlos Eduardo Miranda (hoje sócio da Excelente Discos) e o Otávio Rodrigues (ex-editor da revista 'Bizz'), que nos ajudaram. Surgiram as primeiras matérias sobre nós, e numa segunda-feira, o Fernando foi à Sony do Rio de Janeiro e conseguiu mostrar nosso CD para o Éboli, um importante executivo. Isso é louco, fica difícil de acreditar que rolou, mas o papo do Fernando certamente ajudou. Aí, a Polygram também veio atrás de nós, mas queriam só uma banda de reggae, enquanto a Sony apostava em nossa diversidade. Optamos pela Sony. Remixamos o CD independente, que saiu pela Sony em 93".

Samuel Rosa, 30, é guitarrista e vocalista do Skank
(Depoimento dado a Fabian Décio Chacur, free-lance para a Folha)

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