São Paulo, segunda-feira, 20 de janeiro de 1997
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Ilha do Mel junta história com Carnaval

KATJA GUSSMANN
FREE-LANCE PARA A FOLHA

"Quer saber a origem do nome ilha do Mel? Aqui ó, veja só." O pescador Luciano Cruz da Silva pede que o turista coloque o dedo no tronco da árvore.
O que há? Abelhas que parecem formigas com asas. Pequenas, mas eficientes. "A colméia fica dentro da árvore", diz Silva, sorrindo diante do turista assombrado. Mas há mais de uma explicação.
Outra diz que ali morava, no século passado, um estrangeiro conhecido por Almirante Mehl. Criava abelhas, e quem ia para lá dizia "vou para a ilha do Almirante Mehl, vou para a ilha do Mel".
Outros dizem que o mar tem cor do mel durante o pôr-do-sol no inverno. Fora de temporada, a ilha é um paraíso para quem gosta de caminhadas, praias desertas e um bate-papo com os nativos.
No Carnaval, se torna uma loucura, com bares badalados, festas e forró até a madrugada.
Para chegar, é só pegar o barco que parte de Pontal do Sul e, meia hora mais tarde, chegar à praia de Nova Brasília.
A ilha não tem ruas, os carros têm de esperar os donos em Pontal do Sul. Para conhecer sua beleza, é andar a pé ou alugar uma bicicleta.
A ilha do Mel é um patrimônio ecológico, e 95% dos 2.710 hectares são de áreas verdes compostas por vegetação nativa.
Possui trechos de Mata Atlântica que terminam numa praia bonita, como a Grande, um paraíso para os surfistas.
O farol das Conchas também merece uma visita. Erguido em 1872, ainda funciona.
Outro caminho passa pela fortaleza de Nossa Senhora dos Prazeres, de 1767.

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