São Paulo, segunda-feira, 20 de janeiro de 1997
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Olhares refletem toda a história da Índia

AZENI PASSOS
FREE-LANCE PARA A FOLHA

É quase impossível descrever o embarque de Londres para a Índia. As aeromoças indianas envergam elegantes sáris, e seus rostos emoldurados pelos cabelos são marcados pelos olhos profundos.
A troca de aeroportos em Bombaim para a viagem rumo ao norte é marcada pelo calor abafado.
Na cidade, crianças apinhadas em tendas, nuas e famintas, saltam aos olhos de qualquer turista -uma idéia do que são 900 milhões de pessoas numa área equivalente a um terço do Brasil.
Mas a Índia não é apenas pobreza. Ela guarda algo de mágico e quase indecifrável, contido no contraste entre beleza, magia, espiritualidade, riqueza e pobreza.
A antiguidade dos indianos é refletida pelos olhos. As crianças já nascem com as marcas do tempo.
Os indianos pintam os olhos das crianças para aumentar seu tamanho. Diz uma mãe que é para proteger os olhos. Outras dizem que é "para afugentar o demônio".
Visitantes coloridos
A alegria dos turistas dá vida e colorido à Índia.
Todos dispostos a desvendar os mistérios escondidos nos templos e em cada esquina, por meio de oferendas e rostos distantes e dispersos, mesmo no meio da multidão que se acotovela para driblar o trânsito e os animais (principalmente vacas) que estão nas ruas sem se importar com o que ocorre.
Os dias passam rápido. A energia dos templos absorve os turistas. Quando se dá conta, o dia já se foi.

LEIA MAIS sobre a Índia nas págs. 6-14 e 6-15

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