São Paulo, quarta-feira, 22 de janeiro de 1997
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Chip alterado dá problema

"Tenho um micro com chip Pentium de 150 MHz e 16 Mbytes de RAM. Mudei os conectores da placa principal para as configurações de clock de 133, 166, 180 e 200 MHz. O micro assumiu o desempenho igual aos de velocidade semelhante, sem nenhum problema de travamento. Quais a chances de um eventual problema no processador ou na placa principal vir a ocorrer?"
Alberto Lira (Caieiras, SP)
Resposta
A grande maioria dos componentes eletrônicos tem um valor declarado e uma tolerância aceitável, dentro da qual esse valor pode variar para mais e para menos.
Eletronicamente, os chips de mesma classe são praticamente iguais. Entenda por classe os Pentium de 60 e 66 MHz, de 75 e 90 MHz, de 100, 120 e 133 MHz e os demais -cada grupo representando uma classe.
Apenas os de 60 e 66 MHz são diferentes -física e eletronicamente- dos demais.
Entre processadores de mesma classe, é comum, dependendo da placa principal, conseguir fazer com que funcionem em uma velocidade maior, justamente por causa dessa tolerância na fabricação.
Mas, em algumas placas principais isso não é possível -o mesmo processador pode aceitar a troca de velocidade em outras placas.
Todos os processadores fabricados são testados e recebem uma classificação para se saber em que velocidade é seguro trabalhar.
Essa informação é válida como curiosidade, mas não deve ser adotada na prática.
É conveniente respeitar a faixa de trabalho que o fabricante definiu para o chip, a fim de evitar problemas como erros, superaquecimento ou fadiga prematura do componente.
Miguel Angelo de Souza Aguiar é consultor da Price Waterhouse.
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