São Paulo, quinta-feira, 23 de janeiro de 1997
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Plebiscito divide base governista

MARTA SALOMON; CLÓVIS ROSSI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA E DO ENVIADO ESPECIAL

A convocação de um plebiscito popular sobre a reeleição divide governistas e enfrenta resistências até no movimento pela consulta popular criado no Congresso.
As alternativas à chamada "via congressual" são igualmente polêmicas. O coordenador do movimento, deputado Franco Montoro (PSDB-SP), defende um grande acordo vinculando a um referendo popular a possibilidade de o presidente Fernando Henrique Cardoso, governadores e prefeitos disputarem um segundo mandato.
Montoro não sabe exatamente quantos parlamentares apóiam a fórmula. A negociação é considerada incipiente pelo secretário-geral do PSDB, Arthur Virgílio Neto.
No Palácio do Planalto, a avaliação feita ontem é de que o referendo não consegue reverter um número significativo de votos contrários à reeleição.
Montoro resiste à convocação de um plebiscito. Alega que a consulta prévia à população é "inviável" porque consumiria meses de debates até que as regras para as eleições estivessem definidas.
Outros integrantes do movimento, como o senador Roberto Freire (PPS-DF), consideram um golpe a convocação de um plebiscito como alternativa à falta de apoio no Congresso para a reeleição.
Entre os governistas, as resistências não são pequenas. "O plebiscito é uma fria", avaliou o embaixador Jorge Bornhausen, da cúpula do PFL.
(MARTA SALOMON e CLÓVIS ROSSI)

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