São Paulo, quinta-feira, 23 de janeiro de 1997
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Dinheiro migra para médio prazo com CPMF

DA REPORTAGEM LOCAL; DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O perfil dos investimentos mudou com a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), imposto criado para financiar a saúde pelos próximos 13 meses, a partir de hoje.
Os investidores redirecionaram suas aplicações para FIFs (Fundos de Investimento Financeiro) de 60 dias de prazo e para a poupança.
Segundo o Banco Central, até o dia 15 deste mês entraram mais R$ 12,2 bilhões nos FIFs de 60 dias e R$ 6,8 bilhões na poupança. Os CDBs (Certificados de Depósito Bancário) perderam recursos: somente no Bradesco, o maior banco privado do país, essa carteira reduziu-se de R$ 3 bilhões para R$ 1,5 bilhão.
Por trás dessa movimentação está o desejo dos investidores de reduzir os efeitos do novo imposto, buscando aplicações mais rentáveis (FIFs de prazo mais longo) ou isentas (poupança trimestral ou mensal, conforme o banco).
A CPMF, que irá "morder" 0,2% de cada real que passar pela conta corrente das pessoas e das empresas, acabou com a pouca atratividade que restava aos FIFs de curto prazo, com resgate remunerado diário, avalia Antônio Pavão, diretor do Bradesco.
Ontem, poucas pessoas correram às agências bancárias de São Paulo para fazer saques ou pagamentos antecipados devido à CPMF.

Colaborou a Sucursal de Brasília

LEIA MAIS sobre CPMF às págs. 2-6, 2-10 e 2-11

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