São Paulo, quinta-feira, 23 de janeiro de 1997
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Início de temporada

CARLOS SARLI

O circuito mundial de surfe já teve quatro etapas neste ano. Duas inexpressivas e outras duas pouco expressivas. Não pelos eventos em si, mas pelos pontos que somam no ranking.
O Reef Brazil Classic, realizado no último fim-de-semana em Punta del Este, Uruguai, rolou com boas ondas, bom público e uma disputa acirrada. Mas o evento, de uma estrela, dá só 500 pontos ao campeão.
Considerando que o 23º classificado do WQS do ano passado, o último da lista de acesso a subir para a primeira divisão (WCT), descartou, como pior resultado, 750 pontos, explica-se o inexpressivo.
Por que então o americano Todd Holland, 29, que perdeu sua vaga na elite depois de dez anos de WCT, está por aqui fazendo a perna sul-americana?
Antes de mais nada porque um de seus patrocinadores é a Reef Brazil. Mas também para pegar ritmo e sair pontuando.
As etapas de duas estrelas não são tão ruins para os competidores que vão à final. O campeão soma mil pontos. O nível de corte em 96 ficou em 8.000 pontos, sendo os oito melhores resultados os computados.
No ano passado, começamos dominando o ranking de acesso. O pequeno número de estrangeiros nas etapas do início da temporada garantiu a hegemonia. A situação se manteve após a perna australiana.
Mais tarde, com a disputa das etapas de três, quatro e cinco estrelas, que neste ano serão em maior número, e principalmente pelo longo período de ausência de competições no país, fomos caindo, até chegarmos ao final do ano com apenas quatro atletas classificados pelo WQS.
Neste ano, a história pode se repetir. Após o Nescau, que começa amanhã em Capão da Canoa (RS), WQS aqui só em agosto. Entre as empresas da indústria do surfe, só Hang Loose, Pena e Town & Country estão bancando etapas do circuito. Há datas em aberto no calendário, mas faltam patrocinadores.

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