São Paulo, sexta-feira, 24 de janeiro de 1997 |
 |
|
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Paula chama ex-marido de mentiroso
CRISTINA RIGITANO
Segundo a Folha apurou, ontem de manhã, durante o banho de sol das presas da carceragem feminina da Polinter de Niterói (a 15 km do Rio), Paula criticou o ex-marido e garantiu às sete companheiras de cela que não matou Daniella. Segundo um plantonista identificado como Castro, Paula disse às presas da Polinter que Pádua é maluco. Ela teria afirmado que nada do que fala é verdade e que ela não tem culpa de nada. O banho de sol começou por volta das 9h e durou uma hora e meia, como acontece todas terças e quintas. Durante todo o período, Paula não desligou o rádio de pilha, sintonizado no julgamento. O policial contou que Paula está atenta a todos os noticiários. De manhã, ela chegou a pedir jornais emprestados aos plantonistas. Anteontem, depois que saiu do 1º Tribunal do Júri, Paula Thomaz foi direto para a Polinter, onde ficou assistindo TV até as 21h -horário em que as TVs das celas são desligadas. O rádio já estava ligado e assim permaneceu, até pouco depois das 23h40. "A Paula é tranquila, é muito reservada. Quase não fala. Dificilmente sai da cela", disse Castro. Segundo uma presa contou ao policial, Paula perdeu a calma quando Pádua a acusou de assassina diante do júri -ela o teria chamado de cretino e mentiroso. Irritada e ansiosa, Paula teria dito às presas que "mal pregou o olho" durante toda a noite. Segundo o policial, ontem Paula telefonou para seu advogado, Carlos Eduardo Machado. Ela pediu a ele que convocasse uma entrevista coletiva para que pudesse contar sua versão. Mas o advogado não aprovou a idéia. "Paula está proibida de dar entrevistas. Eu disse isso a ela, mas ela teimou em ligar para o advogado. Ele falou exatamente o que eu tinha dito", disse Castro. Advogado O advogado de Paula Tomaz, Carlos Eduardo Machado, que foi ao 1º Tribunal do Júri no início da noite, disse ter achado fraco o depoimento de Guilherme de Pádua. "Acho que ele não impressionou os jurados. Ele só decorou muito bem e repetiu página por página o texto do seu livro. Parecia um daqueles guias de cidade histórica que, se você interrompe, se atrapalham e têm que recomeçar", disse o advogado. Texto Anterior: FGV divulga lista de aprovados Próximo Texto: Defensor 'elétrico' conquista a atenção Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |