São Paulo, sexta-feira, 24 de janeiro de 1997 |
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Arquette fala da fama de malcomportado
DA ENVIADA ESPECIAL São cinco os irmãos Arquette: Rosana, Patricia, Richard, Alexis e David. Todos "fazem cinema", seguindo o exemplo do pai e do avô. E David é sem dúvida o mais selvagem de todos.Aos 25 anos, tem oito tatuagens espalhadas pelo corpo, fama de encrenqueiro e acumula papéis em filmes independentes. Mesmo estando em cartaz no circuito nacional com "Scream", afirma que se sente mais à vontade no ambiente de Sundance (vale lembrar que ele cresceu em Hollywood, onde se tornou explosiva combinação de símbolo sexual e rebelde sem causa.) Leia abaixo trechos de sua entrevista à Folha. * Folha - Em Park City, onde tantos atores tentam fugir do assédio da imprensa, você parece querer chamar a atenção. Passeia pelas ruas mexendo com as pessoas e fazendo pose de estrela. Por quê? David Arquette - Sou maníaco por atenção. Faço qualquer coisa na frente da câmera. Sempre quis ser palhaço. Quando vou a festas de crianças, é assim que me visto. Folha - É surpreendente ouvir isso de alguém que tem fama de encrenqueiro irreparável. Arquette - Não sou mais tão malcomportado. Aos 15 anos, vivia arrumando confusão. Aí comecei a fazer peças de teatro e melhorei muito meu comportamento. Sou um bom garoto malvado. Folha - Se você gosta tanto de atenção, como lida com tantos famosos na família? Arquette - Por isso me sinto tão bem em Sundance. Faço tantos trabalhos que ninguém vê nem comenta. É ótimo estar num ambiente tão positivo, onde muitos assistiram a "Dream with the Fishes". Em Hollywood não é assim. Meu ideal de vida é que as pessoas gostem de mim. Quero se querido, quero ser convidado para as festas. Folha - Em "Dream with the Fishes" seu personagem, Terry, é deprimido, pensa em suicídio e busca forcas no ainda mais vulnerável Nick, o usuário de drogas em estado terminal interpretado por Brad Hunt. Como você comentaria a indiscutível ligação entre você e Brad dentro e fora do filme? Arquette - Fizemos uma conexão incrível. É uma daquelas coisas que rolam. Nos divertimos fazendo o filme, mesmo sendo uma historia tão soturna. Texto Anterior: Gilmore fala sobre o Brasil Próximo Texto: "Cahiers du Cinema" elege "Crash" o melhor filme de 96 Índice |
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