São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 1997
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Amazonas ganha porto graneleiro

DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

O Estado do Amazonas passa a ter, a partir de abril, uma das rotas nacionais para exportação de soja, com a inauguração de um porto graneleiro no rio Amazonas, no município de Itacoatiara (270 km de Manaus).
O porto será administrado pela Hermasa, empresa de capital misto, com controle acionário do Grupo Maggi (53%) e participação do governo do Amazonas (47%).
Ainda em 97, o porto deverá exportar 300 mil toneladas de soja (5% da previsão de exportação do país), vinda do norte do Mato Grosso.
O porto custou R$ 54 milhões. Foi pago pelo governo do Amazonas (R$ 12 milhões) e pela empresa de navegação Hermasa, do grupo graneleiro Maggi (R$ 16 milhões). Mais R$ 24 milhões foram financiados pelo BNDES.
É todo automatizado, alfandegado e fiscalizado pela Receita Federal e Polícia Federal. Tem silos com capacidade para estocar até 90 mil toneladas de soja.
A previsão é que o porto deverá baratear em US$ 30 cada tonelada de soja exportada, em relação aos portos de Santos e Paranaguá, usados atualmente.
Em Itacoatiara também não haverá fila de espera. Na última safra, os produtores tinham que esperar em média 12 dias para embarcar sua soja em Santos e 7 dias em Paranaguá.
Pela nova rota, a soja produzida na região Centro-Oeste seguirá para Porto Velho (RO) em caminhões, pela BR-364.
Em Porto Velho os grãos serão embarcados em comboios de balsas.
Essas balsas seguirão pelo rio Madeira até o rio Amazonas, onde descarregarão a soja no porto de Itacoatiara.
A movimentação das balsas pelo rio será monitorada em computadores, em uma sala de comando, com informações obtidas via satélite.
Nessa cidade, os grãos serão embarcados em grandes navios graneleiros, com destino ao mercado internacional.
Para o governador do Amazonas, Amazonino Mendes (PPB), o porto ajudará a gerar empregos em Itacoatiara.

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