São Paulo, domingo, 26 de janeiro de 1997 |
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Empresas investem nos bons office boys É possível galgar postos começando nessa função CARLA ARANHA SCHTRUK
"A maioria das empresas, principalmente pequenas e médias, oferece chance de ir galgando postos. Afinal, o 'boy' conhece todos os departamentos e o funcionamento da casa", afirma o consultor de RH Laerte Cordeiro, 64, da Laerte Cordeiro e Associados. "Mas, para isso, o 'boy' tem de completar o segundo grau e, de preferência, cursar faculdade, além de saber informática", ressalta o consultor -veja como se dar bem na função no quadro abaixo. Nas grandes organizações, também existe a possibilidade de seguir carreira. É o caso da AGF Seguros, que contabiliza no seu quadro de funcionários oito ex-office boys em cargos de confiança -gerentes e coordenadores de área. Gisele Maria Amato Vettorazzo, 37, diretora de RH, afirma que a empresa chega a pagar a faculdade para os office boys. Além disso, tem uma política de aproveitá-los quando aparecem vagas para cargos que não exigem muita experiência ou especialização. "Quase todos acabam sendo promovidos, passando para funções de auxiliar e assistente. Daí podem subir mais ainda, como já aconteceu", afirma a diretora. A agência de publicidade DM9 é outra empresa que estimula office boys. "Como a proximidade com os funcionários é grande, percebemos quem se destaca", afirma João Augusto Valente, 39, diretor administrativo-financeiro. "Temos a política de dar preferência à prata da casa quando aparece alguma vaga que possa ser preenchida por um 'boy'." Segundo Lorene Carvalho, 42, gerente da consultoria KPMG, a carreira do office boy na empresa depende muito do interesse dele. "Ele precisa mostrar que estuda e que pode contribuir com a empresa. Além disso, também deve estar atento às oportunidades que vão aparecendo. Facilita, assim, seu acesso a outros postos." Rosemeire Oliva de Jesus, 31, gerente de projeto da agência de emprego Foco Recursos Humanos, também confirma que conseguir uma promoção não é difícil. "A pessoa tem de ser esperta, conhecer muito bem a empresa e continuar a estudar", resume. "Hoje, as empresas dão preferência na contratação de quem se apresenta indicado pelo 'boy'. Afinal, a função é de confiança." Próximo Texto: Dez dicas para fazer carreira Índice |
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