São Paulo, segunda-feira, 27 de janeiro de 1997
Texto Anterior | Índice

Parlamento autoriza o uso da força

Quebra de bancos gera protesto

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O Parlamento da Albânia votou, em sessão extraordinária realizada ontem, lei que aumenta os poderes do presidente e autoriza o uso da força militar para proteger estradas e edifícios públicos.
O premiê do país, Alexandre Meksi, prometeu reembolsar, a partir de 5 de fevereiro, os albaneses que perderam dinheiro com a quebra de bancos que funcionavam pelo sistema de pirâmides (leia texto abaixo).
Há dez dias, a população realiza manifestações violentas contra o governo. A reação dos albaneses começou depois que o Partido Socialista da Albânia (PSP) acusou o governo de utilizar esses bancos para obter dinheiro da população.
A sessão extraordinária do Parlamento, composto na sua maioria por governistas, foi realizada em função dos protestos de ontem.
Um grupo de manifestantes ateou fogo à Prefeitura de Valona, cidade portuária 140 km ao sul de Tirana (capital). Também foram incendiados os principais escritórios da companhia de óleo estatal Albpetrol, na cidade de Patos (sul).
Em Tirana, cerca de 30 mil manifestantes foram dispersados pela polícia com jatos de água de alta pressão e tiros ao ar.
O incidente ocorreu na praça Skenderberg, a principal da capital. Durante o choque, policiais e civis ficaram feridos.
Os policiais tomaram a iniciativa depois que os rebeldes começaram a apedrejá-los. Antes de dispersar a multidão, os soldados haviam se refugiado nos edifícios do Parlamento, banco nacional e Palácio da Cultura, que foi apedrejado.
Anteontem, em Lushnja (90 km ao sul de Tirana), manifestantes feriram o chanceler do país.
A oposição pede a substituição do governo de Mexsi por um gabinete técnico e a convocação de eleições antecipadas.

Texto Anterior: Tchetchênia elege hoje seu novo líder
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.