São Paulo, segunda-feira, 27 de janeiro de 1997
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Premiê diz que indeniza albaneses

Quebra de bancos gera protestos

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O premiê da Albânia, Alexandre Meksi, prometeu reembolsar os albaneses que perderam dinheiro com a quebra de estabelecimentos bancários que funcionavam pelo sistema de pirâmide, em que o retorno financeiro depende do número de participantes.
Cerca de 25% da população albanesa investiu nesses bancos, que garantiam retorno financeiro a curto prazo, com taxas mensais de 35% a 100%. Muitos desses estabelecimentos surgiram no Leste Europeu no início da década, após a queda do comunismo.
Depois que o Partido Socialista da Albânia (PSP) acusou o governo de utilizar esses bancos para obter dinheiro da população, os albaneses reagiram de forma violenta. Anteontem, em Lushnja (90 km ao sul de Tirana), manifestantes feriram o chanceler do país.
Ontem, outro grupo de manifestantes ateou fogo à Prefeitura de Valona, cidade portuária 140 km ao sul de Tirana (capital).
Também foram incendiados durante protesto os principais escritórios da companhia de óleo estatal Albpetrol, na cidade de Patos, que fica no sul do país.
Em Tirana, cerca de 30 mil manifestantes foram dispersados pela polícia com jatos de água de alta pressão e tiros ao ar. O incidente ocorreu na praça Skenderberg, a principal da capital. Durante o choque pelo menos dois policiais e um número indeterminado de civis ficaram feridos.
Os policiais tomaram a iniciativa depois que os rebeldes começaram a apedrejá-los. Antes de dispersar a multidão, os soldados haviam se refugiado nos edifícios do Parlamento, banco nacional e Palácio da Cultura, que foi apedrejado.
A oposição pede a substituição do governo de Mexsi por um gabinete técnico e a convocação de eleições antecipadas.

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