São Paulo, segunda-feira, 27 de janeiro de 1997
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Prédios e bíceps brilham em Miami Beach

MITCHELL OWENS
DO "TRAVEL/THE NEW YORK TIMES"

Poucos destinos são tão românticos e animados como um resort à beira-mar. Há uma sensação de urgência que compensa as suas seduções sazonais: aqueles poucos meses de clima salubre antes da queda do calor e da umidade.
Há um fator exótico, quando estilos arquitetônicos familiares são submetidos a empresários que transformam a desértica paisagem em um arvoredo semitropical.
Há o sentido de desbravamento das comunidades próximas ao mar, com seus habitantes ignorando que uma onda mais forte poderia varrer a praia do mapa.
Isso tudo define Miami Beach, uma cidade de 92 mil habitantes no extremo sul de uma barreira de ilhas sem nome e com coqueiros que não faziam parte da paisagem.
Faz parte do que os moradores da Flórida chamam de Costa Dourada -uma faixa de 96,5 quilômetros no lado Atlântico e que liga Miami Beach a Palm Beach.
Miami Beach é banhada por uma luz tão brilhante que edifícios e bíceps parecem estar numa tela de cinema com hiperfoco.
Esse brilho atrai, de novembro a maio, uma legião de modelos, ícones do pop -como Madonna- e halterofilistas. Há ainda o estilista Gianni Versace, que vive parte do ano num palácio na Ocean Drive.
Meu companheiro me lembra da abertura do programa "Jack Gleason", nos anos 60, que descrevia Miami Beach como "a capital mundial do Sol e da diversão".
É um mantra apropriado para que, em um avião lotado, eu e outros igualmente pálidos nova-iorquinos repetíssemos enquanto fugíamos de uma chuva gelada.

Tradução de Edson Franco

LEIA MAIS sobre South Miami Beach nas págs. 6-12 e 6-13

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