São Paulo, quarta-feira, 29 de janeiro de 1997
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Pecuária tecnológica

PEDRO DE CAMARGO NETO

Com os preços da arroba estáveis e custos crescentes a busca por maior produtividade é uma preocupação permanente do pecuarista de corte.
O retorno ao equilíbrio entre custos e receita não será só responsabilidade do produtor.
Espera-se uma correção nos preços e também uma redução em alguns custos.
Individualmente, porém, cabe ao produtor o aumento da produtividade de seu rebanho.
As técnicas que estão sendo incorporadas pelos produtores podem ser divididas em dois grandes grupos: alimentação-manejo e reprodução.
Na área de alimentação e manejo, destacam-se hoje as análises de solo e bromatológica, quantificação de matéria seca, calagem, adubação, renovação por rotação com lavoura, consorciação com leguminosa, pastoreio intensivo, confinamento, ração balanceada, suplementação mineral e protéica.
Muitas dessas técnicas são rotineiramente usadas na agricultura moderna.
A novidade é que cada vez mais estão sendo incorporadas à pecuária de corte.
Hoje, por exemplo, não se admite um agricultor que não realize análise de solo.
O pastoreio intensivo ou rotacionado aparece como grande alternativa para a melhoria do manejo das pastagens.
Na área de reprodução, muitas tecnologias passaram a ser utilizadas pelos pecuaristas, como inseminação artificial, transferência de embrião, controle de prenhez individual, sistema de seleção, descarte por idade e avaliação de carcaça.
Técnicas antes só usuais para os criadores de rebanho de elite passaram a ser utilizadas nos rebanhos de gado geral.
Os resultados começam a ficar aparentes.
A idade de abate vem se reduzindo significativamente, sinalizando o aumento de produtividade de algumas fazendas.
É importante que todos os pecuaristas incorporem novas técnicas para viabilizar suas fazendas.
Aqueles que não acompanharem os aumentos de produtividade fatalmente serão marginalizados.

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