São Paulo, quarta-feira, 29 de janeiro de 1997 |
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Como agiram bancos, corretoras e "laranjas" . Bancos e corretoras compram títulos públicos estaduais e municipais com uma alta taxa de desconto, revendem-nos por preços mais altos e obtêm um elevado lucro nessas operações . Essas instituições se utilizam de "laranjas" para transformar esse lucro em prejuízo, por meio de contratos de compra e venda de dólar no mercado futuro . Os contratos são cancelados antes do prazo de vencimento . Bancos e corretoras pagam aos "laranjas" uma multa correspondente à diferença entre a cotação do dólar no dia da rescisão e a cotação final prevista no contrato . Geralmente, essa diferença é muito próxima ao valor do lucro obtido na primeira operação de compra e venda de títulos públicos . O dinheiro é depositado na conta bancária do "laranja" . Os "laranjas" repassam aos bancos e às corretoras um talão de cheques assinado em branco . Com isso, o dinheiro referente à multa é sacado e enviado para contas particulares -ou até mesmo para o exterior . Os bancos e as corretoras envolvidas no esquema pagam aos "laranjas" uma comissão de 0,4% sobre o valor movimentado nas contas correntes Texto Anterior: Senado adia depoimentos para a semana que vem Próximo Texto: BC deu tratamento especial para governo de SP Índice |
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