São Paulo, quarta-feira, 29 de janeiro de 1997
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Empresas minimizam queixas do Procon

LUCIANA SCHNEIDER
DA REPORTAGEM LOCAL

A maior parte das reclamações em relação às empresas de convênios médicos diz respeito ao aumento das mensalidades de seus convênios.
A justificativa de quatro empresas que estão entre as dez no ranking é que o número de reclamações apresentado é muito pequeno em relação ao total de clientes.
Renato do Amaral, do departamento jurídico da Sociedade Beneficencia Filantropia São Cristóvão -campeã com 855 denúncias-, tem essa opinião.
Ele diz que o índice representa somente 1% do total dos associados da empresa.
"Ou seja, 99% dos clientes se manifestaram coniventes ao reajuste da mensalidade."
Para o departamento jurídico da empresa Blue Life, as 288 reclamações representam menos de 0,5% de seus clientes.
Mas o departamento jurídico da empresa diz que vai procurar saber quais são essas denúncias.
A diretoria de atendimento da empresa Amil, 8º lugar, desconhecia a lista do Procon. Ela afirma que somente 13 negociações ainda estão em andamento.
Já a assessoria do Centro Trasmontano de São Paulo, 2º colocada no ranking, atribui as reclamações a um contrato feito com a administradora J.C.Amaral.
Segundo Carlos Seneviva, da assessoria, essa administradora teria causado "frustração a seus clientes" pelo aumento abusivo da mensalidade.
Mas tal decisão, completa, foi logo renunciada e o contrato rompido. Segundo a Sabesp (4ª colocada), essa classificação do Procon é boa, visto que no ano retrasado, a empresa ficou em 3º.
Além disso, a Sabesp ressalta que as 12 pessoas que não foram atendidas (veja quadro) representam muito pouco em relação aos 16 milhões que a Sabesp atende.
Comércio
Um dos sócios das Loja Marabraz, Nasser Faris, confirma que houve atraso nas entregas dos móveis, mas que o depósito era pequeno para atender muitas lojas. Segundo ele, também houve atraso por parte de fornecedores.
A gerência da Playboy Móveis afirma que as reclamações são, essencialmente, sobre o atraso das mercadorias. Segundo a gerência, a principal causa disso é que as vendas aumentaram cerca de 30%, o que não era esperado.
A Folha entrou em contato com a Persianas Columbia, terceira colocada, e segundo informações de uma funcionária, a empresa faliu há um ano. O telefone agora pertence à empresa S.R. Persianas que trabalha com o mesmo produto, mas não "tem nenhuma relação", conforme a funcionária.
Até o fechamento desta edição, as assessorias da Golden Cross (5ª colocada) e da Telesp (6ª colocada) não haviam respondido às ligações da Folha.

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