São Paulo, quarta-feira, 29 de janeiro de 1997
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EUA anunciam plano de ajuda para Cuba pós-Fidel

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

Os EUA querem investir entre US$ 4 bilhões e US$ 8 bilhões em Cuba em apoio à "transição para a democracia" nos seis anos após Fidel Castro ter deixado o poder.
O governo Clinton preparou estudo sobre como os EUA vão agir em relação a Cuba quando Castro morrer, renunciar ou for substituído. O Congresso determinou que o Executivo elaborasse um plano de ação para esses casos.
Castro completa 70 anos de idade em agosto. Ele tem dirigido Cuba desde 1959, quando liderou a revolução que depôs o então presidente, Fulgencio Batista. Os EUA não têm tido relações diplomáticas com Cuba nestes 38 anos.
Assim que um governo de transição "comprometido com a democracia" estiver no poder em Cuba, os EUA suspenderão as restrições comerciais impostas contra o país pelo presidente John F. Kennedy e iniciarão os procedimentos para normalizar relações bilaterais, diz o documento divulgado ontem.
Os investimentos começarão a ser feitos 18 meses depois que todos os prisioneiros políticos forem libertados e eleições gerais sob supervisão internacional forem convocadas pelo governo de transição.
Quando as autoridades eleitas tomarem posse, os EUA começarão a negociar o retorno da base de Guantánamo a Cuba. "Os cubanos, como todos os outros povos deste hemisfério, da Europa Oriental e da ex-URSS, desejam ser livres. Os EUA estão comprometidos a ajudar o povo cubano em sua transição para a democracia", diz o presidente Bill Clinton em introdução ao documento.
A rádio Martí, que transmite de Miami para Cuba, vai divulgar maciçamente o projeto em sua programação nas próximas semanas, com o objetivo de apressar a democratização de Cuba.

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