São Paulo, quarta-feira, 29 de janeiro de 1997
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Polícia e MRTA se atacam em Lima por meio de alto-falantes

Premiê japonês volta a pedir fim das provocações

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

A polícia peruana e o MRTA travaram ontem uma disputa com alto-falantes, mais uma episódio da guerra de nervos que ocorre em Lima, capital do Peru.
A partir das 6h (9h em Brasília), as forças especiais que cercam a casa do embaixador japonês em Lima, onde o Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA) mantém 72 reféns, tocaram hinos militares em alto volume.
Os equipamentos de som haviam sido instalados anteontem.
O MRTA respondeu cantando hinos subversivos e gritando "venceremos" em alto-falante.
Patrulhas vem realizando movimentações nas imediações da casa invadida pelos guerrilheiros em 17 de dezembro passado, sem que nenhuma explicação seja dada para tais atitudes.
Anteontem, o MRTA disparou contra um blindado peruano.
O premiê japonês, Ryutaro Hashimoto, voltou a pedir que o Peru pare de provocar os guerrilheiros.
"Estou preocupado. Os movimentos da polícia podem irritar os terroristas", disse ele, que já havia feito o mesmo pedido anteontem.
Terroristas presos
A polícia do Peru anunciou ontem a prisão de dois supostos membros do MRTA, que iriam para Lima. Os acusados foram detidos numa aldeia à beira da selva, no Departamento de Junín.
Segundo a polícia, membros do MRTA se reúnem na capital preparando-se para intervir quando chegar ao fim a crise dos reféns.
Anteontem, o MRTA disse que a polícia estava planejando uma matança de "emerretistas" presos quando forças de segurança invadissem a casa em Lima.

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