São Paulo, quinta-feira, 30 de janeiro de 1997
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Manobra; Ponto de equilíbrio; O novo Getúlio; Muro engajado; Bomba-relógio; Painho pefelista; Visão paraense; Eufemismo parlamentar; Confusão à vista; Caça a Maluf; Ver para crer; Desgraça alheia; Mão dupla; Operação financeira; Mandrake fracassado; Visita à Folha

Manobra
Sérgio Motta (Comunicações) articula manobra da Globo para assumir o controle da "Gazeta Mercantil", usando para isso os recursos dos fundos de pensão.

Ponto de equilíbrio
FHC não pretende esmagar o PMDB, como sonham Serjão, Tasso e setores pefelistas. Acha fundamental não virar refém do PFL. Sonha trazer o partido para a coligação presidencial de 98, propondo governo de coalizão.

O novo Getúlio
O plano de FHC é se tornar o único político capaz de unir PSDB, PFL e PMDB pelos próximos seis anos. Para isso, não pode alimentar o supercrescimento de uma das três siglas. Quer pulverizar o poder. Dos outros.

Muro engajado
"Dubiedade a favor" é como um cacique do PMDB governista define a posição de Sarney em relação a FHC. Criou dificuldades para o Planalto, mas acabou liberando sua bancada na Câmara para votar pela reeleição.

Bomba-relógio
Tem data o próximo embate entre as facções do PMDB: novembro. A ala governista, fortalecida com a vitória de Michel Temer, quer o lugar de Paes de Andrade (presidente). A oposição deve ir de Jader Barbalho.

Painho pefelista
De um baiano fiel do altar de ACM sobre o voto pela reeleição de Luiz Moreira (PFL-BA), contrariando a orientação da Igreja Universal: "Ele votou com o santo dele lá da Bahia".

Visão paraense
O líder Jader Barbalho considera que os votos de cinco deputados do Pará contra a reeleição mostram que ele sempre esteve ao lado dos senadores rebeldes do PMDB. Ele julga o episódio reeleição "fato consumado".

Eufemismo parlamentar
A derrota de Iris Rezende para ACM (PFL) na eleição do Senado deixará uma única porta de saída para os senadores do PMDB, segundo integrantes da bancada: "a capitulação digna". Ou seja, um naufrágio envergonhado.

Confusão à vista
O PFL está contrariado com o PSDB, que formou bloco com o PTB ontem. Como estão em jogo as presidências de comissões e relatorias, uma nova crise deve explodir no colo de FHC.

Caça a Maluf
O ministro Dornelles (PPB), que trabalhou para aprovar a reeleição, está ligando para os deputados do partido que votaram contra a emenda. Com muito jeito, sugere que eles pensem na "unidade do partido".

Ver para crer
Um aliado de Wilson Campos está angustiado. Diz que ele teria prometido a FHC retirar sua candidatura na Câmara se Michel Temer levasse de 60% a 70% dos deputados do PMDB a votar pela reeleição. Temer teve 72%.

Desgraça alheia
Na reunião que teve ontem com o PT, Wilson Campos explicou por que votou a favor da reeleição: não quer que Pernambuco fique falido como Alagoas. O que o pacote de obras de FHC para o Estado promete evitar.

Mão dupla
Michel Temer (PMDB) devolveu ontem o recado tucano que dizia que sua eleição à presidência da Câmara se daria no 1º turno da votação. Agora, o 2º turno da reeleição se dará na eleição para a presidência da Câmara.

Operação financeira
Do senador Amin (PPB), sobre o governador Paulo Afonso (PMDB-SC) dizer que os adversários na CPI dos Precatórios têm inveja do seu "sucesso": "Estamos preocupados é com a taxa de sucesso que ele pagou ao banco que lucrou R$ 33 mi".

Mandrake fracassado
O governador Antônio Britto (PMDB-RS) diz que durou só 15 dias a "carreira de mágico" de Paes de Andrade (presidente do partido). "Ele quis transformar em minoria a maioria pró-reeleição. E se deu mal", afirma.

Visita à Folha
O presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa S/A, Alcides Tápias, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de César Augusto Nogueira, assessor de imprensa.

TIROTEIO
De Vicentinho, presidente da CUT, sobre a aprovação da emenda da reeleição pela Câmara em 1º turno:
- O Congresso se transformou numa bolsa de valores. Só quem sem valores.

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