São Paulo, quinta-feira, 30 de janeiro de 1997 |
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Ministros vão fazer campanha para Temer
LUCIO VAZ
Os ministros Sérgio Motta (Comunicações), Luiz Carlos Santos (Assuntos Políticos), Paulo Renato (Educação) e Francisco Dornelles (Indústria, Comércio e Turismo) vão participar do corpo-a-corpo com os deputados. A previsão é de que a eleição para as presidências da Câmara e do Senado ocorra no dia 4, antes da votação em segundo turno, na Câmara, da emenda da reeleição. Na votação em primeiro turno, Temer cumpriu a promessa de fazer com que pelo menos 60 deputados do seu partido votassem a favor da reeleição -67 peemedebistas apoiaram a emenda. O comando da campanha de Temer começou ontem pela manhã o mapeamento dos votos deputado a deputado. As primeiras estimativas do PMDB, com base em informações de líderes partidários, indicam 265 votos a favor de Temer. O mapeamento segue o modelo adotado na campanha pela reeleição. A planilha do PMDB tem três colunas: o nome do deputado, as três opções de voto e o "operador" de cada deputado. A participação dos ministros foi acertada nas reuniões do comando da reeleição, na casa do presidente da Câmara, Luís Eduardo Magalhães (PFL-BA). Os vice-líderes do PMDB contam sobretudo com os votos do próprio partido e do PFL para garantir a eleição de Temer. Seriam 85 votos em cada bancada. Esperam 50 votos no PSDB, 20 no PPB, 10 no PTB e 15 nos pequenos partidos. Reunião Para garantir os 99 votos do PMDB, o grupo de Temer começou na noite de anteontem um trabalho de reaproximação com os que votaram contra a reeleição. Um jantar na casa do deputado Jurandir Paixão (SP) reuniu governistas e dissidentes. "O importante é o partido estar unido. A votação da emenda da reeleição é assunto superado", disse Paixão. O maior potencial de crescimento para Temer está no PPB, segundo os peemedebistas. Eles esperam chegar aos mesmos 44 votos pepebistas pró- reeleição. O maior obstáculo no partido é a candidatura de Prisco Viana (PPB-BA). No PSDB, Temer divide votos com Wilson Campos (PSDB-PE). O líder dos dissidentes do PPB, Pauderney Avelino (AM), disse que pretende levar todo o partido para a candidatura Temer. Ele afirma que o partido vai ficar fora da Mesa Diretora se apoiar Prisco. "O PPB é a terceira força na Casa. Não pode ficar fora da Mesa." Texto Anterior: PFL ameaça expulsar os dissidentes Próximo Texto: Para deputados, Iris errou Índice |
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