São Paulo, quinta-feira, 30 de janeiro de 1997
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Pitta agora elogia ação anticheia do Estado

FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL

O prefeito Celso Pitta e o secretário municipal das Vias e Obras Públicas, Reynaldo de Barros, mudaram de discurso sobre a atuação do governo estadual no combate às enchentes.
Barros, que era um dos principais críticos do governo Covas durante a gestão do ex-prefeito Paulo Maluf, passou a elogiar publicamente o secretário estadual de Recursos Hídricos, Hugo Marques da Rosa, o mesmo que ele desqualificou, há cerca de um mês.
No dia 23 de dezembro, o secretário municipal criticou a atuação do governo do Estado, dizendo que o trabalho de Rosa merecia "nota zero". "Eles são bem-intencionados, mas não fazem nada", disse Reynaldo de Barros.
Ontem de manhã, em visita a obras contra enchentes na avenida Inajar de Souza (zona norte), Barros disse que "se o governo do Estado continuar trabalhando pesado, vai resolver o problema."
Pitta também recuou e agora, três semanas depois de uma reunião com Rosa em que foram acertados detalhes do trabalho conjunto contra as enchentes, elogia as ações do governo do Estado.
"Entendemos agora que teremos um reforço muito grande com a contribuição do governo do Estado na limpeza e aprofundamento da calha do Tietê", disse.
Mas durante a campanha eleitoral, no dia 3 de outubro de 96, o então candidato Pitta jogava a responsabilidade dos transbordamentos do Tietê sobre o Estado.
"As obras da prefeitura (contra enchentes) foram eficazes, mas é necessário afundar a calha do Tietê e do Pinheiros, que é uma obra de responsabilidade do governo estadual", disse Pitta, na época.
Na reunião entre as duas esferas da administração, a prefeitura se comprometeu a concluir o plano de macrodrenagem -que prevê a construção de tanques de retenção nas cabeceiras dos rios e córregos.
O secretário Reynaldo de Barros anunciou ontem que os primeiros diques de contenção de água da marginal do Tietê começaram a ser construídos em fevereiro, nas pontes da Casa Verde (zona norte) e Anhanguera (zona oeste).
Os diques armazenarão a água das chuvas e a bombearão para o Tietê, evitando o transbordamento nas pistas da marginal.

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