São Paulo, sexta-feira, 31 de janeiro de 1997
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Pedágio do rodoanel terá taxa variável

Proposta é baseada nos EUA

FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL

O governo do Estado estuda a criação de pedágios que podem variar de valor em um mesmo dia.
A idéia seria implantada no rodoanel (complexo rodoviário com cerca de 178 km de extensão que interligará as principais estradas que chegam à capital) e serviria como alternativa às marginais dos rios Pinheiros e Tietê.
Em horários de pico nas marginais ou quando as pistas estiverem interditadas por causa de transbordamentos do rio, o preço seria mais baixo. A cobrança, no entanto, nunca poderia exceder o valor máximo estabelecido.
A idéia será debatida por um grupo de trabalho formado por membros dos governos municipal, estadual e federal, que definirão detalhes da obra em 90 dias.
Segundo o secretário de Estado dos Transportes, Plínio Assmann, a proposta foi baseada no modelo norte-americano, em que muitas estradas possuem preços diferenciados, de acordo com a faixa de rolamento escolhida pelo motorista para trafegar.
Ele explica que, pelo sistema, os motoristas que vierem do interior ou litoral em direção à capital terão informações (por placares eletrônicos) sobre as condições de trânsito nas marginais e do preço do pedágio no momento.
"O preço poderá variar instantaneamente. Tudo vai depender das condições de momento."
Segundo ele, esses "pedágios de acesso" ficariam nas interligações das estradas com o rodoanel.
Custos
Outra atribuição do grupo de trabalho é propor formas de financiamento da obra -orçada em cerca de R$ 2 bilhões.
Pela proposta atual, o primeiro trecho (R$ 584 milhões) do rodoanel teria 39,6 km e ligaria as rodovias Bandeirantes e Régis Bittencourt. Do valor orçado, cerca de R$ 160 milhões seriam apenas para desapropriações.
"Pelo cronograma, esse trecho fica pronto no ano 2000", disse Assmann, que vê como maior obstáculo ao projeto a aprovação do traçado pelos ambientalistas.

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