São Paulo, sexta-feira, 31 de janeiro de 1997
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Violência é tenebrosa

DA REDAÇÃO

Folhinha - "Vida de Cachorro" é de 1982. Foi seu primeiro livro para crianças?
Flávio - Foi o primeiro publicado. Eu escrevia para criança fazia tempo. Comecei na revista "Recreio", que não existe mais.
Folhinha - O livro fala de um menino da cidade, que não tem tempo de conversar com os pais, muito ocupados. Você teve esse problema ou isso é uma coisa das gerações mais novas?
Flávio - As duas coisas. Passei a infância assistindo a televisão, como eles.
Folhinha - Vai continuar escrevendo para crianças?
Flávio - Sim. Eu tenho um projeto de programa infantil, mas não posso contar detalhes, porque ainda não tem patrocinador.
Folhinha - O que faz um programa infantil ser bom?
Flávio - É o que tem por trás. Os personagens não roubarem, não matarem, não botarem fogo nas coisas. Sempre se tem de haver uma certa responsabilidade.
Por exemplo, os "Cavaleiros do Zodíaco" são uma coisa tenebrosa. Alguma coisa de bom deve ter, porque tem audiência, mas eu não sei muito bem o que é. O que eu vi é de uma violência absurda.
Já "Power Rangers" são do bem, defendem a natureza... a violência é limitada. Eles lutam, mas nem encostam um no outro. Chutam de longe, a pessoa rola e cai no chão; ninguém se machuca.

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