São Paulo, quinta-feira, 2 de outubro de 1997![]() |
![]() |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Governo é acusado de cortar verba do Ministério da Saúde OSWALDO BUARIM JR. OSWALDO BUARIM JR.; MARCELO CORDEIRO
MARCELO CORDEIRO O governo retirou R$ 2,5 bilhões do orçamento que deveria repassar ao Ministério da Saúde até terça-feira, 30 de setembro. A acusação é do Conselho Nacional de Saúde, que encerrou ontem sua 70ª reunião ordinária. O Conselho Nacional de Saúde é um órgão consultivo vinculado ao Ministério da Saúde e tem participação da sociedade civil. "Fica cada vez mais explícito o fato de que a CPMF está sendo substitutiva de outras fontes", afirma o relatório. A CPMF foi criada como fonte adicional de recursos para a Saúde, após negociação pessoal do ex-ministro Adib Jatene com o Congresso. O documento explica ainda que, mesmo que seja deduzido R$ 1,2 bilhão do empréstimo do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) para a Saúde no ano passado, a defasagem ainda será de R$ 1,3 bilhão nos primeiros nove meses do ano. O conselho defende, entretanto, que o desconto do empréstimo do FAT não deve ser feito porque a despesa do Ministério da Saúde com pagamento de dívidas aumentou R$ 1,2 bilhão até setembro em relação ao mesmo período de 1996. A assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda informou que o ministro Pedro Malan só vai se manifestar sobre o relatório do Conselho Nacional de Saúde depois que tiver conhecimento oficial do documento. A análise da execução orçamentária feita pelo conselho revela ainda que há grande número de programas do Ministério da Saúde com "elevadíssimo" saldo orçamentário, ou seja, recursos não utilizados na finalidade a que se destinavam. Até o final de agosto deveriam ter sido gastos 66% do orçamento previsto para não prejudicar a continuidade dos programas, com saldo de 33% para os últimos quatro meses do ano, diz o documento. Apesar disso, o Ministério da Saúde fechou agosto, segundo o conselho, tendo gasto apenas 3,89% dos recursos previstos para investimentos do programa de sangue e hemoderivados, 5,86% para a vigilância sanitária e 11,9% para o combate à dengue. Texto Anterior: PM preso por sequestro faz acusação Próximo Texto: Paralisia atinge Vigilância, diz ex-secretário Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |