São Paulo, quinta-feira, 2 de outubro de 1997 |
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País pode prorrogar as isenções para os parceiros do Mercosul Lampreia diz no Chile que exceções devem ser mantidas DOS ENVIADOS ESPECIAIS A SANTIAGO O ministro Luiz Felipe Lampreia (Relações Exteriores) afirmou ontem, no Chile, que o governo brasileiro pode prorrogar as exceções abertas aos demais países do Mercosul em relação às medidas de restrição às importações adotadas no início deste ano.No primeiro semestre, o Banco Central determinou que importações financiadas em prazos inferiores a 360 dias deveriam ser pagas à vista. Foi uma medida para tentar atenuar os déficits comerciais consecutivos do país, atingindo compras que eram excepcionalmente vantajosas, uma vez que, enquanto podiam prorrogar o pagamento dos produtos, importadores aplicavam seus recursos disponíveis no mercado financeiro. A medida, porém, gerou protestos dos parceiros brasileiros no Mercosul -Argentina, Uruguai e Paraguai, além de Chile e Bolívia, sócios do bloco. Como compensação, o governo brasileiro determinou que parte das importações de produtos desses países poderia, em caráter temporário, ficar de fora das regras restritivas. A renovação ou não dessa exceção será discutida neste mês entre o Brasil e os demais países do Mercosul. Segundo Lampreia, o mecanismo que permite regras especiais para o bloco "pode ser prorrogado, nas bases em que está". Em entrevista coletiva no Palácio La Moneda, sede do governo chileno, o presidente Fernando Henrique Cardoso disse que o governo estuda se vale ou não a pena manter a medida. "Dissemos que iríamos revê-la. Rever não significa abolir", afirmou FHC. Texto Anterior: Pequena e micro e trabalhadores não querem a Alca antes de 2005 Próximo Texto: Carnês em atraso voltam a crescer em SP Índice |
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