São Paulo, quinta-feira, 2 de outubro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Fundamentalistas querem Estado puro MARIA ODETTE BRANCATELLI CINILIA T. GISONDI OMAKI MARIA ODETTE BRANCATELLI; CINILIA T. GISONDI OMAKI
Interpretando rigidamente a sharia -a lei do Corão-, os fundamentalistas querem a observação integral das tradições religiosas no cotidiano político, econômico e social, a fim de implantar um Estado islâmico puro. Num quadro de miséria e recessão, os marginalizados constituem a base social de apoio a esses movimentos, que usam de ações clandestinas e violentas. O Afeganistão, devastado pela guerra contra a URSS, assistiu à ascensão da milícia Taleban em 96. Acreditando poder estabelecer "o paraíso de Alá na Terra", os militantes barbudos impuseram severas restrições ao dia-a-dia e punições, como às mulheres. Desde 92, a Argélia, ex-colônia francesa, vive sob o confronto entre forças oficiais e integristas da Frente Islâmica de Salvação e do rival Grupo Islâmico Armado. A guerra já causou 60 mil mortes, com reflexos em Paris, onde ocorreram atentados. No Egito, o Al Gama'a al Islamia (Grupo Islâmico) e o Jihad (Guerra Santa), principais grupos terroristas, querem depor o presidente Hosni Mubarak e instalar um regime radical. Seus alvos têm sido turistas, policiais e políticos. O fanatismo e a violência, frutos da ação de uma minoria, ganham destaque mundial e alimentam preconceitos contra todos os muçulmanos. Para o Ocidente, cabe a reflexão: qual sua responsabilidade frente a esses desafios? Maria Odette Simão Brancatelli e Cinilia T. Gisondi Omaki são professoras de história do Colégio Bandeirantes Texto Anterior: VEJA SE APRENDEU Próximo Texto: VEJA SE APRENDEU Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |