São Paulo, sexta-feira, 3 de outubro de 1997
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Motta admite restringir teles a estrangeiros

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Sérgio Motta (Comunicações) afirmou ontem que "vai haver restrição de capital (estrangeiro)" na vendas das teles.
"Queremos empresas que estão no Brasil. A Telefônica da Espanha (uma das empresas interessadas em atuar no Brasil) tem um departamento para a Argentina. Isso eu não quero", disse o ministro.
No modelo proposto pela McKinsey & Company, empresa de consultoria contratada pelo governo, as empresas privadas que vencerem as prováveis três concorrências poderão, num primeiro momento, operar somente dentro de sua área.
As ligações telefônicas entre as três áreas e as chamadas internacionais seriam feitas pela Embratel -estatal que será privatizada somente em uma segunda fase.
Segundo Motta, a "meta" do governo é privatizar o sistema Telebrás, incluindo a Embratel, no prazo de "três a cinco anos".
Segundo o ministro, o "próximo passo" da privatização do setor é a "redação do documento legal do plano de outorgas".
Motta também arriscou fazer uma previsão da arrecadação com as privatizações no setor. "Vi estimativas de mercado que seria de R$ 130 bilhões. Tenho expectativas maiores."
Ao falar sobre a intenção do governo de privilegiar o modelo baseado nas maiores possibilidades de receita, Motta advertiu os participantes do seminário sobre as privatizações. "Devemos seguir rigorosamente a filosofia do governo."
Na opinião de Motta, a política do governo de privilegiar a arrecadação será absorvida pelo mercado porque o Brasil é uma das áreas mais atraentes do mundo.

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