São Paulo, sexta-feira, 3 de outubro de 1997
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Ministro propõe três holdings 'virtuais'

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Antes da privatização, serão criadas três holdings "virtuais", agrupando as empresas estaduais da Telebrás (as chamadas teles).
Mais nove empresas da banda A (fatia estatal da telefonia celular) serão criadas para ser privatizadas. A banda A será vendida separadamente das teles.
As regiões da banda A serão as mesmas da banda B (fatia privada). A exceção é o Estado de São Paulo, onde o interior será agrupado à capital.
A Embratel, que é responsável pelas ligações interurbanas e pelos satélites, não está incluída no grupo das três holdings.
As informações foram dadas ontem pelo ministro das Comunicações, Sérgio Motta.
Ele afirmou que a idéia das empresas "virtuais" foi a única solução achada para facilitar a separação das teles.
Como o maior problema da formação das holdings é a divisão acionária, uma equipe do ministério irá, no próximo dia 10, à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) para explicar o modelo de privatização.
A CVM é responsável pela organização e fiscalização das Bolsas de Valores.
No dia 14, a equipe expõe nos Estados Unidos o modelo para a SEC (Security Exchange Comission), similar norte-americana da CVM brasileira.
Dia 15, a exposição será feita na Bolsa de Valores de Nova York. "Este é um momento delicado e o mercado precisa saber detalhes do novo modelo", disse Motta.
O Plano Nacional de Outorgas, que organiza os serviços prestados pelas teles, será divulgado no dia 16. No dia seguinte, Motta irá informar à imprensa o detalhamento do modelo de venda.
O ministro adiantou também que será contratada apenas uma empresa de consultoria para planejar toda a privatização. A divulgação do nome da empresa deverá ser feita no dia 30 de outubro.
Segundo Motta, "já existem vários candidatos de grande porte interessados na privatização".
Sobre a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), que irá regular e fiscalizar o setor, ele disse que o regulamento e os nomes dos diretores deverão ser aprovados pelo presidente Fernando Henrique Cardoso na próxima semana.
Ações da Telesp
Os assinantes do plano de expansão da Telesp em 1996 deverão receber as ações previstas no contrato de compra da linha telefônica na primeira quinzena de dezembro.
A Telesp, como determinou o Ministério das Comunicações, terá no máximo 60 dias, após a assembléia de 10 deste mês, para entregar as ações.
Quem aderiu ao plano de expansão até 25 de agosto de 1996 receberá 6.430 ações preferenciais (sem direito a voto), contabilizadas pelo valor patrimonial de dezembro do ano passado.
Para os que aderiram depois de 25 de agosto, a Telesp entregará 3.640 ações preferenciais, mas de acordo com o valor de mercado.
O usuário que desejar vender as ações assim que recebê-las contará com seis bancos conveniados (Banco do Brasil, Bradesco, Banespa, HSBC, Itaú e Real). As instituições cobrarão uma taxa de 5% do valor total das ações, de acordo com Wolf.

Colaborou a Reportagem Local

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