São Paulo, sexta-feira, 3 de outubro de 1997
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Para o amigo Carybé, a Bahia que tanto amou

MARIO CRAVO NETO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Carybé morreu em local que tanto amava, recebeu da vida a Bahia e o Opô Afonjá.
Carinhoso, brincalhão e elegante, contador de estórias, era ele mesmo um aventureiro, viajante inveterado, fazedor de amigos e querido por todos, dos humildes aos mais aventurados.
Onde nasceu esse homem contam-se estórias, uns dizem que veio da Itália, morou na Argentina, lá casou e teve dois filhos.
Amou Nancy por 55 anos, esposou a Bahia, mãe de sua crença que o hospedou e o guarda para sempre nas suas entranhas.
Carybé amou essa cidade: "Carybé para a Bahia toda", cantou Jorge Amado -Exú de todos os santos, compadre de Verger, Mario Cravo e Mirabeau, deixou crescer aqui as suas raízes, tornou-se baiano para nunca mais voltar.
Homenagens
Para Carybé, fica o meu carinho, as lembranças de minha adolescência e as estórias que o ouvi contar.
Provavelmente eram todas de mentira, menos os desenhos - pois assim ele gostava, pois assim ele continua vivendo nos momentos que juntos compartilhamos.
Mais do que tudo, era o meu segundo pai, para quem, Mario Cravo, meu pai verdadeiro, escreveu um poema (leia abaixo).

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