São Paulo, domingo, 5 de outubro de 1997
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Cão ajuda cego a fechar negócios

DA REPORTAGEM LOCAL

Latidos simpáticos aliados a uma postura inofensiva podem ser mais úteis do que se imagina à primeira vista.
O economista Luiz Alberto de Carvalho Silva, 41, cego desde os 14 anos, conta que graças à Nina, sua cachorra, da raça labrador, já fechou vários negócios.
"Viajo muito e quando as pessoas vêem a Nina no aeroporto já se aproximam e puxam papo. Alguns depois se transformam em clientes. A verdade é que ela permite um contato social muito grande, atrai as pessoas."
"Alguns dos meus clientes até estranham quando chego sem a Nina. Logo perguntam por ela."
Silva, que é sócio de uma empresa de consultoria, a Companhia Nacional de Consultoria e Planejamento, utiliza cães-guias desde os 18 anos de idade.
O primeiro deles, que adquiriu em 1974, ele mesmo treinou. Hoje, ajuda a treinar cachorros que guiarão cegos.
O economista fica com esses cães até que eles estejam prontos para exercer sua função.
"Esse trabalho é importante porque é fundamental que o cachorro se habitue com o cego e entende suas necessidades."
Ele faz isso gratuitamente. Segundo Silva, leva de nove meses a um ano até finalizar o treino.

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