São Paulo, domingo, 5 de outubro de 1997
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Portas fechadas

TELÊ SANTANA

Fiquei surpreso quando soube que Carlos Caboclo, a quem considero meu amigo, disse, quando assumiu a diretoria do São Paulo, que eu não teria mais ambiente para trabalhar no Morumbi por ter movido uma ação contra o clube. Eu só reivindiquei os meus direitos, não quis causar qualquer tipo de constrangimento. O que mais magoou nisso tudo é que ninguém do São Paulo me procurou quando eu mais necessitei, quando estive doente.
Hoje, estou melhor, quase pronto para trabalhar.
Tenho certeza que, pela vontade da torcida do São Paulo e não pela dos dirigentes, eu voltaria ao clube. É só fazer uma pesquisa.
Estou fazendo exercícios todas as manhãs para recuperar a forma física. Receberei nos próximos dias a visita dos dirigentes do Comercial de Ribeirão Preto. Eles me fizeram um convite e vão mostrar o plano de trabalho. O objetivo é fazer o time retornar à primeira divisão do Campeonato Paulista e promover a revelação de jovens atletas na região. Tenho outras propostas, inclusive do exterior.
*
Quem também terá sempre as portas abertas é o Denílson, do São Paulo, desde que mude suas atitudes. Soube que ele é o recordista de cartões no Brasileiro e que deixou o campo chorando após ser expulso no último jogo.
Precisa de um bom conselheiro para mudar de comportamento. Alguém em quem confie para conversar.
Ele deve lembrar que Edmundo foi afastado da seleção por problemas disciplinares. E será difícil voltar.
Com tanta pressão em cima, após a venda para a Espanha, um garoto como ele naturalmente se abala.
*
Lamento pela situação do Fluminense, que está fechando definitivamente suas
portas na primeira divisão.
Acho que não existe clima para mais uma virada de mesa em caso de novo rebaixamento. O Flu vai ter que começar do zero.
O que impressiona é que eles já tiveram a lição do ano passado e não souberam consertar o que havia de errado para este ano.

E-mail:tele@construtel.com.br Telê Santana, 65, escreve na Folha aos domingos

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