São Paulo, domingo, 5 de outubro de 1997 |
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Dayvit implanta bloqueio intenso para ser campeão
JOSÉ ALAN DIAS
A equipe duela com o Leites Nestlé, campeão nacional, às 15h, em Valinhos (95 km a noroeste de São Paulo) na segunda partida da final (melhor de três). Egresso do masculino, o técnico José Roberto Guimarães importou o conceito de "bloqueio pesado", pouco presente no feminino, caracterizado por constantes "rallyes" (disputas de bola). No primeiro jogo (3 sets a 0), o bloqueio foi responsável por 15 pontos do Dayvit, contra apenas 3 do Leites Nestlé. A norte-americana Tammy Liley anotou cinco pontos. Outros quatro couberam à sueca Angelica Ljungquist. Ana Moser contribuiu com outros três. "Esse é nosso ponto forte. Temos treinado para aprimorá-lo. Até porque a característica das jogadoras que eu tenho à disposição é propícia", diz Zé Roberto, que trabalhou pela última fez no feminino com o São Caetano, em 1991, ao lado de Ana Moser. Viria, em 1992, a conquistar o ouro olímpico no masculino. Depois de uma campanha mediana na fase classificatória -seis vitórias e oito derrotas-, o Dayvit teve acentuada melhora no rendimento com a chegada das estrangeiras, na equipe há dois meses. Com elas, eliminou o MRV-Suggar nas oitavas-de-final (2 a 1), e depois o Mappin-Pinheiros (2 a 1) -nesse confronto, as três partidas foram definidas em cinco sets. Corrida Sob o risco de ter apenas nove jogadoras hoje em quadra, o Leites Nestlé apressou a chegada das norte-americanas Tara-Cross Battle, 28, e Danielle Scott, 22. A princípio, elas deveriam somente se apresentar no final do mês para a Superliga, que começa em 30 de novembro. Porém houve desfalques importantes: Virna e Karin Negrão, na seleção brasileira, e Ricarda, que se contundiu no ombro direito em partida com o Davene-Paulistano nas quartas-de-final. Caren Kemmer, 32, norte-americana que tem atuado na equipe, está contundida no joelho direito. "Quando o Dayvit trouxe as estrangeiras, nós até tentamos antecipar a chegada das nossas. Não deu porque elas tinham outros compromissos", diz o técnico Sérgio Negrão. Na última quinta-feira, Tara Cross-Battle se apresentou e treinou com a equipe. Pelo que fez na última Superliga, em sua primeira aparição no time, o esforço se justifica: Tara Cross foi a atacante mais eficiente (77% de acerto), além de figurar entre as de melhor passe e bloqueio. "A Tara está uns cinco quilos acima do peso, mas, se der, vou utilizá-la", afirma Negrão. Caso Caren Kemmer se recupere, a novata Danielle Scott nem chega a ir para a reserva. O regulamento do torneio permite só duas jogadoras estrangeiras por equipe. NA TV - Leites Nestlé x Dayvit, ao vivo, às 15h, na Record Texto Anterior: O torcedor perdido... Próximo Texto: Brasil inaugura hoje set cronometrado Índice |
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