São Paulo, domingo, 5 de outubro de 1997
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Renda cresceu 25 vezes em 6 anos

CARLOS EDUARDO LINS DA SILVA
DE WASHINGTON

O perfil dos Guardiões da Promessa é cientificamente traçado.
Como uma boa empresa moderna, a entidade registra em detalhadas pesquisas todas as características vitais de seus consumidores.
O resultado mostra, por exemplo, que o principal motivo que levou 63% dos seus seguidores à entidade foi o sentimento de culpa em relação a pecados sexuais.
A maioria absoluta deles (87,8%) é de homens casados. Metade tem salário anual entre US$ 25 mil e US$ 45 mil, típico de classe média.
Mas 31% ganham entre US$ 45 mil e US$ 85 mil, classe média alta.
Metade completou curso superior. Mas 36% ficaram no colégio.
A empresa Guardiões da Promessa é um sucesso. Em sete anos, conseguiu atingir faturamento pouco menor que a Billy Graham Evangelical Association, do pastor mais famoso do país, fundada em 1950, e já é a sétima entidade religiosa que mais fatura nos EUA.
O grosso de sua receita (72%) vem dos ingressos que cobra para os participantes de suas grandes concentrações em estádios de futebol (US$ 60 por pessoa). Mas 17% são produto de venda de produtos com o logotipo da entidade (PK).
O primeiro evento da entidade, em 1990, atraiu 72 pessoas. Agora, a audiência média de cada um é de 36 mil. A renda dos Guardiões aumentou 25 vezes em seis anos.
A organização tem site na Internet, revista mensal, programa de rádio semanal em 250 emissoras e já produziu um especial de TV transmitido por 185 estações. Seus executivos recebem salários de até US$ 132 mil, embora McCartney ganhe US$ 46 mil.
(CELS)

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