São Paulo, domingo, 5 de outubro de 1997
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Programa recebe até 15 vídeos por semana

DANIEL CASTRO
DA REPORTAGEM LOCAL

Produzidos artesanalmente, os vídeos caseiros são o "segredo" do sucesso do "Madrugada Sexy". "Recebemos até 15 vídeos por semana. Tem gente que filma só para o programa", diz Carlos Ishi.
Sem roteiro, sem iluminação e filmados com uma única câmera, em plano contínuo, esses vídeos são "estrelados" por casais (e grupos, às vezes) que registram suas aventuras sexuais. Os cenários são quartos e banheiros -onde a privada costuma servir de tripé.
Mas o que leva alguém a exibir sua própria intimidade na TV? "É puro exibicionismo", diz o músico Efraim Lírio, 37, que já produziu três vídeos.
Na próxima quinta, Lírio vai gravar o quarto. "Vou filmar num apartamento no Sumaré (zona noroeste de São Paulo), que é alugado só para esse fim. Quarenta minutos de gravação custam R$ 130", revela. "Vale a pena. Me sinto bem."
O programador de viagens Edgar Rocha, 23, conta que prefere "dirigir" vídeos domésticos. "É como produzir uma videocassetada erótica."
Em julho, Edgar e mais dois casais amigos estavam em Ubatuba (litoral de SP). "A gente bebeu um pouco e resolveu filmar. Eu era o câmera e funcionava como um espião, que flagrava os casais transando numas pedras", lembra.
O "Madrugada Sexy" alterna vídeos caseiros com o "seriado porno-trash", "A Pistoleira".
(DC)

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