São Paulo, segunda-feira, 6 de outubro de 1997 |
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Relação é profissional Folha - Como é o relacionamento com a mãe no trabalho? Sarah Sheeva - Melhor, impossível. Respeitamos a postura dela de estrela. Mas é uma relação de amizade, de irmã mesmo. Eu dou muitos palpites, mas a palavra dela é a final. É importante o que ela tem a dizer. Zabelê - Todos têm abertura para opinar. É bem profissional, não é mãe e filha. Não dá para misturar, senão não dá certo. Ela confia muito na gente. Somos uma nova geração e temos muito a dizer. Beto - É de músico para músico, sem pressão e 100% de "adrenaleena". Estou mais para aprender, mas faço minhas contribuições quando sinto vontade. Folha - Abre portas? Sarah - Sim. Sempre pinta convites. Já participamos de um episódio da Comédia da Vida Privada. Também desfilamos na última Semana Barrashopping de Estilo. Zabelê - Muito. Tenho de aproveitar, não é qualquer um que tem essa sorte. Há pessoas que estão aí há muito tempo, com talento, e não conseguem nada. Com ela, conhecemos pessoas do meio. Nana Shara - Claro, mas você tem de ter identidade. Tem de construir a sua música e a sua cara. Beto - Tomara que sim, quero deslanchar com minha banda, Larika. Mesmo tendo pais famosos, sei que não é fácil conseguir um lugar ao sol, há sempre alguém fazendo seus 15 minutos de sucesso. Folha - Como é ser filho de pessoas que fizeram história na música brasileira? Sarah - É muito orgulho e responsabilidade. Porque somos muito cobradas. Mas eles sempre conversaram muito com a gente, falavam para só fazer o que quiséssemos, não nos preocuparmos com a cobrança externa. Estou ligada no lance da qualidade do trabalho. Meus pais sempre fizeram o que gostam, com qualidade, amor, e aprendemos isso. Beto - A Rita caseira é diferente da artista, parece a história de Dr. Jekyl e Mr. Hyde!! Gosto das duas. Folha - O fato do seu pai/mãe ser músico foi fundamental para a escolha da sua carreira? Sarah - A influência é genética, está no sangue. Eu tenho uma filha que tem a veia musical fortíssima. Todo mundo da família tem. Zabelê - Claro. Foi fundamental conviver com a música o dia inteiro. Meu pai tocava violão balançando o berço com o pé, o som já entrava na mente do bebê. Meu irmão Krishna tem 13 anos e toca baixo. Kriptos, de 12, não pode ver uma batera. Beto - Deve ter sido... Apesar de que eles nunca forçaram a barra. Foi uma escolha pessoal, e, se me lembro bem, desde o bercinho escutava toneladas de AC/DC, Kiss, Sly Stone, Hendrix, Cream, Stones... e João Gilberto. Texto Anterior: Quando a profissão vem do berço Próximo Texto: Os shows internacionais em São Paulo Índice |
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