São Paulo, segunda-feira, 6 de outubro de 1997
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Imagens retratam gestual popular

ANA FRANCISCA PONZIO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Para ambientar a colagem de danças de "Bailes do Brasil", o dramaturgo e diretor teatral Naum Alves de Souza usou e abusou do colorido típico das manifestações populares.
"O cenário se compõe de paredes enormes, feitas de chita, mas cuja transparência as torna semelhantes a vitrais", diz Naum.
Os figurinos, embora urbanos, também conservam as cores solares do Brasil, segundo o artista. "Procurei captar certa alegria infantil, agregando-a a elementos urbanos como o globo de espelho, que não poderia faltar num salão de baile."
"Caminhamos para o rompimento de fronteiras entre o popular e o erudito, o urbano e o regional", prevê Naum, sobre a fusão de linguagens e culturas que vem marcando a dança brasileira.
Disposto a desenvolver, sem exotismos ou folclorismos, uma dança contemporânea com maior identidade nacional, J.C. Violla faz eco, atualmente, a uma tendência nacional.
Depois de cultivar modelos europeus e americanos, a dança brasileira contemporânea dá provas de sua emancipação à medida que resgata e transforma a cultura popular.
Entre os exemplos desta postura está o Grupo Corpo, que agregou ao seu estilo marcadamente neoclássico de 15 anos atrás um gestual tipicamente brasileiro. (AFP)

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