São Paulo, terça-feira, 7 de outubro de 1997
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Bancada menor favorece candidato único no PMDB

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A redução da bancada do PMDB -que perdeu 23 deputados do início da atual legislatura (1995/99), até ontem- fortalece o grupo liderado pelo presidente do partido, deputado Paes de Andrade (CE), que quer lançar candidato próprio à Presidência da República.
"A força dos novos filiados não é expressiva na convenção", disse o deputado Henrique Eduardo Alves (RN), vice-presidente do PMDB, que defende apoio à candidatura do presidente Fernando Henrique Cardoso.
Segundo Alves, os deputados do grupo de Paes que saíram deixaram aliados no PMDB, mas os que entraram não trouxeram as bases.
O grupo que defende o apoio a FHC perdeu espaço com a saída de deputados como Alberto Goldman e Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Jurandyr Paixão (PPB-SP) e Marisa Serrano (PSDB-MS).
Para o líder Geddel Vieira Lima (BA), essas perdas foram compensadas pelos novos filiados, que concordam com a tese defendida pelo grupo liderado pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), aliado do Planalto.
O PMDB perdeu a condição de maior bancada na Câmara. Segundo levantamento da liderança do partido, o PMDB caiu de 107 deputados, no início da atual legislatura, para 84.
"Foram problemas regionais", afirmou o líder.
Geddel citou o caso de São Paulo. "Os deputados saíram por divergências com o Quércia (ex-governador Orestes Quércia)", afirmou. Segundo ele, problemas semelhantes se repetiram na Paraíba, no Ceará e no Mato Grosso do Sul.
"Tenho absoluta certeza que, no início da próxima legislatura, o PMDB voltará como o maior partido da Câmara. Somos o partido com maior número de candidatos a governador em condições de ganhar", disse.
O PPS -partido do ex-governador Ciro Gomes (CE), candidato declarado à Presidência- foi o que mais cresceu. O PPS tinha dois deputados-Augusto Carvalho (DF) e Sérgio Arouca (RJ).
Conforme a presidência do partido, mais cinco se filiaram ao PPS até sexta-feira, totalizando sete.
Os deputados de São Paulo foram os que mais trocaram de partido na atual legislatura. Segundo dados da Secretaria Geral da Câmara, houve 20 trocas de partido na bancada paulista, sendo que o campeão foi o deputado Cunha Lima (PPB).

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