São Paulo, terça-feira, 7 de outubro de 1997
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No PR, marcha do MST chega a Londrina

JOSÉ MASCHIO; FM
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA E EM LOANDA (PR)

Os cerca de 250 trabalhadores rurais que participam da marcha pelo fim da "caçada política aos sem-terra" chegaram ontem de manhã a Londrina (a 390 km de Curitiba). Hoje, deve haver um ato público no centro da cidade.
Os sem-terra pedem o fim das prisões que consideram "políticas" de líderes do MST durante as desocupações de áreas invadidas no Paraná. Quando começaram a marcha, havia 24 líderes do movimento presos no Estado. Até ontem, havia oito.
Em Londrina, continuam presos os quatro sem-terra que em 6 de setembro participaram da tortura a dois fazendeiros e cinco funcionários da fazenda Cordilheira, em Jundiaí do Sul.
Outros dois estão presos em Goio-Erê, e mais dois, em Paranavaí. Os sem-terra que participam da marcha ficam em Londrina até quinta-feira. Depois, devem seguir para Ortigueira.
O grupo partiu no dia 26 de setembro de Querência do Norte (643 km de Curitiba). Segundo o MST, eles já percorreram 310 quilômetros e passaram por 20 cidades. O fim da marcha está previsto para o dia 22, em Curitiba.
Prisões
Os sem-terra Celso Anghinoni, 37, e Delfino José Becker, 34, negaram ontem, em depoimento à juíza Elisabeth Khater, de Loanda (noroeste do Paraná), participação na invasão à fazenda Água da Prata, em Querência do Norte.
Os dois são líderes do MST do noroeste do Paraná e estão presos desde o dia 17 de setembro, acusados por crimes de esbulho possessório (invasão de terra), furtos, formação de quadrilha, ameaças e danos ao patrimônio.
O MST do noroeste do Paraná decidiu ontem suspender um ato de protesto marcado para o fórum de Loanda no momento dos depoimentos de Becker e Anghinoni.
(FM e JM)

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