São Paulo, terça-feira, 7 de outubro de 1997
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Rebeliões explodem em presídios e DPs

MARCELO GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL

O número de rebeliões de presos explodiu neste ano em São Paulo. Os motins de 1997 nas penitenciárias (14) já bateram o recorde anual e somam quase o total das revoltas registrados nos dois anos anteriores (16).
Nos últimos oito dias aconteceram quatro rebeliões só na Grande São Paulo. De janeiro a anteontem, os detentos dos distritos policiais da capital do Estado se rebelaram 18 vezes. No ano passado inteiro, isso aconteceu 16 vezes.
O aumento no número de rebeliões foi acompanhado pelo aumento de presos nas penitenciárias e distritos. Em ambos, o crescimento da população ficou em torno de 20%. Além disso, outro fator de tensão nas delegacia paulistanas foi a diminuição, em 1997, do número de fugas (-38,6%) e de fugitivos (-42,9%) em relação ao período de janeiro a setembro de 1996.
Para resolver a superlotação, o governo informou que construirá 21 penitenciárias até outubro de 1998. Elas teriam custo aproximado de R$ 185 milhões e criariam 17.550 vagas.
Hoje os presídios têm 24 mil vagas, mas abrigam 36 mil presos -incluindo os 6.000 da Casa de Detenção de São Paulo, que será desativada.
Mesmo assim, o governo diz que os novos presídios servirão para esvaziar distritos policiais e cadeias públicas -eles abrigam cerca de 10 mil presos só na capital do Estado.

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