São Paulo, quarta-feira, 8 de outubro de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Leo foi ilustrador contundente
BARBARA GANCIA
Meu amigo José Leonilson não se atinha apenas à tarefa de "ornamentar" a coluna. Fazia questão de dar seu recado, sempre contundente, sobre qualquer assunto que eu abordasse. Quando a Folha me incumbiu da tarefa de escrever a "Talk of the Town", uma coluna sacudida, em que eu fazia uma crônica de costumes com sotaque bem paulistano, saí à cata de um ilustrador. Leo foi o primeiro nome que me veio à cabeça. Mesmo porque, naquele tempo, era o único artista plástico que eu conhecia com alguma intimidade. Conhecemo-nos por acaso, no restaurante judaico Z-Deli, onde ele almoçava. Trocamos poucas palavras, e, no dia seguinte, sem mais nem menos, ele me enviou o desenho de um piano, que hoje habita a parede do meu escritório. Quando pensei em Leonilson para ilustrar a coluna, ele já tinha galgado os degraus da fama. Era um dos expoentes da hoje prestigiosa Geração 80, e eu não tinha certeza de que ele toparia fazer ilustrações encomendadas, muito menos para uma colunista trelelé, como esta que vos escreve. Fui, pisando em ovos, até a galeria de Luisa Strina, marchande do artista à época, sondar as minhas possiblidades. Apenas depois de obter todas as garantias de que o arretado amigo, famoso por ser um osso de tiranossauro duro de roer, não iria pular rosnando na minha jugular, convidei Leonilson para ser meu ilustrador. E só tive de esperar pela publicação de duas ou três colunas para me dar conta de que tinha acertado na mosca. Valeu, Leo! Texto Anterior: Desenhos de Leonilson lançam nova editora de livros de arte Próximo Texto: Coluna Joyce Pascowitch Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |