São Paulo, quarta-feira, 8 de outubro de 1997 |
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Berliner apresenta Brecht pós-queda do muro
NELSON DE SÁ
Hoje às 20h, Wuttke, agora o maior nome do BE, debate Brecht no Instituto Goethe. Participam também o diretor-geral interino da companhia, Stephan Suschke, e os brasileiros Fernando Peixoto, crítico e editor de Brecht no país, Márcio Aurélio e Sérgio de Carvalho, ambos encenadores. Wuttke assumiu a direção artística do BE em 96, após a morte do dramaturgo Heiner Müller (que marcou a trajetória da companhia posterior à morte de Brecht, em 56). Demitiu-se em dezembro último, em resposta às incertezas quanto ao financiamento do teatro pelo governo de Berlim, onde o Berliner Ensemble é sediado. "Minha demissão é um protesto contra uma política cultural irresponsável, que acabará destruindo estruturas erguidas durante décadas", justificou ele. Mas não deixou o BE, que passou a ter um diretor-geral interino, e protagoniza "Arturo Ui", dirigida por Müller em 95. A peça é um dos poucos sucessos do grupo, desde a queda do muro de Berlim. Escrita em 41, é uma parábola da ascensão de Hitler na Alemanha -com um gângster de Chicago, Ui, no lugar do ditador nazista. No papel-título, Martin Wuttke foi escolhido como o melhor ator do ano de 95 na Alemanha. (NS) Evento: mesa-redonda sobre Brecht e o Berliner Ensemble Quando: hoje, às 20h Onde: Instituto Goethe (r. Lisboa, 974, tel. 011/280-4288) Quanto: grátis Texto Anterior: Coluna Joyce Pascowitch Próximo Texto: Aversão ao autor revela sua atualidade Índice |
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