São Paulo, quinta-feira, 9 de outubro de 1997
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Bovespa resiste a novo alerta de Greenspan

VANESSA ADACHI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo fechou com pequena queda de 0,38%, recuperando-se após ter recuado 1,71% no pior momento do dia.
A baixa foi puxada pelo comportamento do mercado norte-americano.
A Bolsa de Nova York fechou com queda de 1,02%, enquanto os juros dispararam, sob influência de declarações negativas de Alan Greenspan, presidente do Federal Reserve Board, o banco central dos Estados Unidos.
Em uma repetição mais branda das suas declarações do início do ano, quando chamou o otimismo do mercado de ações de "exuberância irracional", Greenspan advertiu os mercados financeiros que a alta das ações não deve persistir. Para o presidente do Fed, a alta é insustentável.
Os participantes do mercado receberam o aviso como um sinal de que Greenspan poderá, em breve, elevar as taxas de juro norte-americanas para esfriar o crescimento da economia do país.
Embora os mercados nos EUA tenham encerrado bastante pessimistas, por aqui as Bolsas resistiram bem.
Analistas notaram que no final do dia houve um bom volume de compras, responsável pela recuperação parcial do Ibovespa.
O mercado local acabou tendo um desempenho melhor até do que seus vizinhos. A Bolsa argentina caiu 1,47%, enquanto a mexicana baixou 1,12%.
O destaque ficou por conta das ações da Eletrobrás, que fecharam em alta. Eletrobrás PNB subiu 1,25%, enquanto Eletrobrás ON teve alta de 1%.
A queda da Bovespa nos últimos dias, segundo operadores, teria criado uma boa oportunidade de compra.
Telebrás PN, que respondeu por 65% dos negócios, empatou com o Ibovespa, recuando 0,38% e fechando a R$ 154,60 o lote de mil. As ações ordinárias da estatal de telecomunicações subiram 0,35%.
Câmbio
O mercado de câmbio viveu mais um dia de pura tranquilidade ontem, após o leilão de R$ 1,6 bilhão de papéis cambiais realizado pelo Banco Central na terça-feira.
O dólar no mercado à vista permaneceu próximo ao piso da minibanda, enquanto as projeções de desvalorização cambial na BM&F recuaram.

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