São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 1997 |
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Seguro cobre prestação de desempregado
VANESSA ADACHI
Segundo dados da Associação Comercial de São Paulo, o desemprego é a causa de 39% da inadimplência no comércio. A solução encontrada foi oferecer um seguro que liquide parcelas do financiamento do veículo caso o comprador seja demitido. A Diasa, revendedora GM localizada em Santo André, na Grande São Paulo, está oferecendo um produto que cobre seis prestações do financiamento se o cliente for demitido sem justa causa. O Banco Fiat, braço financeiro da montadora, também oferece o mesmo seguro no leasing, cobrindo até quatro prestações. "Fizemos uma pesquisa com as revendas e descobrimos que muitos clientes com condições de entrar em uma compra parcelada acabavam adiando a decisão, principalmente, por receio de perder o emprego", diz o diretor comercial do banco, Marcos Moreira. Nos dois casos, o seguro é optativo. Na Diasa, para a compra de um veículo de R$ 13 mil financiado em 36 meses, a parcela normal é de R$ 607,95. Com o seguro, passa a R$ 635,61. "O carro que mais vendemos é o Corsa. E o cliente que compra esse modelo é justamente aquele que tem o dinheiro mais contado e está preocupado com o desemprego", diz Menezes Neto. Nos dois casos, a seguradora que está por trás do produto é a norte-americana Cigna, que nesta semana também assinou contrato com o Banco Excel para fazer o seguro das suas operações de crédito. "Esse tipo de seguro é muito comum no exterior", diz o presidente da Cigna no Brasil, Eugenio Magdalena. Segundo ele, o setor de veículos é um dos que tem maior potencial para o produto devido ao valor elevado das prestações. Mas a seguradora toma algumas precauções porque, segundo Magdalena, a fraude nesse tipo de seguro costuma ser grande. "O consumidor tem que estar empregado há pelo menos um ano e com carteira assinada". Texto Anterior: Cade escolhe relator para caso Petrobrás Próximo Texto: Contratos foram fechados em uma semana Índice |
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