São Paulo, sexta-feira, 10 de outubro de 1997
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Atletas estrangeiros dependem de donativos para se manter

Contrato já venceu e Prefeitura de Bauru não renovou

WAGNER OLIVEIRA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BAURU

Seis ginastas estrangeiros vindos da Ucrânia e de Belarus para treinar atletas em Bauru (SP) estão tendo de sobreviver à custa de donativos feitos por amigos.
O contrato dos ginastas com a Prefeitura de Bauru acabou em março e até hoje não foi renovado, deixando-os sem pagamento.
Apesar disso, os atletas continuam trabalhando no treinamento de uma equipe de ginastas e no programa que ensina o esporte a crianças carentes de Bauru (345 km a oeste de SP).
O ucraniano Andrei Stepanchenko, medalhista em Atlanta (EUA), disse que só não aceitou outras propostas de emprego porque está adaptado à cidade e acredita na renovação do contrato.
As garotas Natasha e Iseplana, ambas de 13 anos, dizem que estão sem dinheiro até para selar uma carta para os pais em Belarus.
Pais de ginastas de Bauru criaram a Aspago (Associação e Pais e Amigos da Ginástica Olímpica), que, entre outras coisas, consegue alimentos para os atletas que chegaram há um ano e meio à cidade.
O diretor de Esportes da Prefeitura de Bauru, Amauri Gamba, disse que o contrato com os atletas estrangeiros será renovado.
Ele disse que a falta de verbas da Prefeitura de Bauru e a mudança determinada pelo Tribunal de Contas do Município para o pagamento da equipe atrapalharam a renovação do contrato.
Gamba negou que a demora na renovação do contrato dos atletas tenha sido por motivos políticos.
A equipe dos ginastas havia sido contratada na gestão anterior. Além dos estrangeiros, seis brasileiros completam o grupo.

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