São Paulo, sábado, 11 de outubro de 1997
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Massa de ar deixa dias mais quentes

DA REPORTAGEM LOCAL

O paulistano viveu ontem mais um dia de temperaturas elevadas provocadas por uma massa de ar quente que está sobre a região Sudeste do país.
Segundo o 7º distrito de meteorologia do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), foram registrados 30,5°C de temperatura máxima ontem à tarde -0,7°C a menos que o registrado anteontem e 10,5°C a mais que o índice apurado na tarde de quarta-feira.
A mudança repentina nas temperaturas é normal nessa época do ano, segundo meteorologistas do instituto.
Segundo dados do Inmet, não há previsão de entrada de alguma frente fria para os próximos quatro dias. No entanto, não está descarta a ocorrência de chuvas isoladas no final da tarde em algumas regiões, o que pode contribuir para aliviar o calor.
A maior temperatura na capital de São Paulo neste ano foi registrada em pleno inverno (34°C no dia 9 do mês passado).
Com as temperaturas mais elevadas, aumenta o consumo de água. Segundo a Sabesp, o consumo de água ontem, durante o horário de pico (das 17h às 20h), foi entre 10% e 12% maior. A companhia não soube quantificar as cifras em litros.
Além da temperatura elevada, a qualidade do ar piorou ontem na região metropolitana de São Paulo.
A Cetesb (Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental) registrou má qualidade do ar por excesso do poluente ozônio em 2 de suas 22 estações medidoras da Grande São Paulo -São Miguel Paulista e Mauá.
Em outras duas estações (Ibirapuera e Mooca), a qualidade do ar esteve inadequada, também por causa das altas concentrações do ozônio -gás, que na baixa atmosfera, diminui a resistência do organismo a infecções e causa irritação nos olhos, nariz, garganta e vias respiratórias.
As demais estações da Grande São Paulo registraram ontem qualidade do ar regular, com exceção das de Cambuci e Santo André/Centro, que não efetuaram a medição por problemas técnicos.
Anteontem, a Cetesb registou qualidade do ar má em apenas 1 estação (Ibirapuera), regular em 12, boa em 7 e não efetuou medição em 2 locais.
Neste ano, já foram registradas 39 ocorrências de má qualidade do ar por excesso de ozônio.
"Em 97, as áreas mais frequentemente afetadas pelo ozônio foram Ibirapuera e Mauá", disse Cláudio Alonso, gerente de qualidade ambiental da Cetesb.

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