São Paulo, sábado, 11 de outubro de 1997
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Inflação na Alemanha cai para 1,9%

Bundesbank eleva as taxas de juros

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Um dia depois de o banco central alemão anunciar a alta dos juros, a agência oficial de estatísticas divulgou uma inflação em queda. O Bundesbank apresentou, entre as justificativas para a elevação da taxa, o temor de alta inflacionária.
Em setembro, a inflação anual alemã situou-se em 1,9%, depois de uma queda de dois décimos em relação a agosto. A inflação foi mais alta no lado oriental, onde chegou a 2,5%. O Índice de Preços ao Consumo (IPC) de 0,3% em setembro foi favorecido principalmente por fatores sazonais, como o barateamento de alimentos como as batatas e as frutas frescas.
As pressões altistas vieram dos preços de habitações, gastos relacionados com saúde e artigos de uso pessoal.
Os mercados financeiros europeus conseguiram ontem recuperar-se parcialmente das perdas provocadas na véspera pela elevação dos juros, apesar da crise italiana e dos temores de inflação nos Estados Unidos.
As principais praças européias terminaram o pregão com perdas pequenas e algumas registraram até mesmo ganhos, como Londres, Madri e Milão. O ânimo dos investidores continuou predominantemente comprador. A decisão alemã de elevar os juros foi seguida pelos bancos centrais da França, Bélgica, Holanda e Dinamarca.
Embora a alta dos juros em geral afete negativamente as Bolsas, foram mais fortes os sinais de que o governo alemão e, de modo geral, os governos europeus estão coordenando uma ação em favor da estabilidade.
Nos EUA, o anúncio de aumento nos preços industriais de 0,5%, ante uma previsão inicial de 0,2%, reforçou os temores de uma alta iminente dos juros por parte do Fed. Esse cenário contribuiu para a valorização do dólar em relação ao marco. Mas a moeda mais fortalecida na rodada de ontem foi o escudo português, depois que o banco central luso defendeu uma moeda nacional forte para que o país tenha condições de integrar o sistema do euro, moeda única européia.

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