São Paulo, sábado, 11 de outubro de 1997 |
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Alta de preços nos EUA esfria Bolsa de SP
LUIZ CINTRA
O repique da inflação fez com que, em um primeiro momento, as ações recuassem nos EUA e no mercado paulista, enquanto o rendimento pago pelos títulos norte-americanos de 30 anos subia. No período da tarde, os investidores melhoraram sua análise e as ações reagiram, mais no Brasil que nos EUA. Com isso, o Ibovespa encerrou o dia com valorização de 0,41%, enquanto o Dow Jones fechou com baixa de 0,20%. Juros nos EUA O receio dos investidores é a alta dos preços nos EUA levar o banco central norte-americano a aumentar as taxas básicas de juros, o que tiraria recursos das aplicações em Bolsas, aumentando o interesse dos investidores por aplicações de renda fixa. Outro efeito, dependendo da intensidade da alta dos juros, seria a queda do ritmo de atividade econômica, o que tenderia a piorar os resultados das empresas. No caso do mercado brasileiro, no entanto, é preciso considerar a proximidade do vencimento no mercado de futuros, marcado para o dia 15, e no mercado de opções, no dia 20. Como investidores de peso aumentam suas apostas nesse período anterior ao vencimento, o desempenho do mercado de ações acaba não refletindo as expectativas do mercado como um todo. Dólar No mercado futuro de dólar, as cotações continuaram a trajetória de queda dos últimos dias. As cotações da moeda norte-americana para novembro, por exemplo, encerraram a sessão com queda de 0,02%, fechando a R$ 1,104. A correção cambial projetada para este mês fechou a 0,75%. No mercado à vista, o Banco Central realizou o segundo leilão de spread do mês, redefinindo o piso e o teto da minibanda de variação. Desde ontem, o dólar comercial pode oscilar de R$ 1,098 a R$ 1,103. Com esse leilão, o BC já corrigiu a minibanda em 0,18% no mês de outubro. Texto Anterior: Supermercados de SP reduzem preços Próximo Texto: Alho da China é apreendido pela Receita Índice |
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