São Paulo, sábado, 11 de outubro de 1997 |
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Estudante afirma ter fabricado artefato dentro do Mineirão
FÁBIA PRATES
Um deles, o estudante Carlos Henrique Coelho, 18, conhecido como "Carlão", admitiu em depoimento que fabricou uma bomba durante o jogo usando pólvora, bola de gude e um saco plástico, mas disse que não a jogou contra a torcida atleticana. Ele afirmou ter guardado o artefato para usar depois do jogo, fora do estádio. O estudante disse que conseguiu o material para fabricar a bomba na sala que a torcida organizada tem no Mineirão e que viu bolas de sinuca entre os torcedores nas arquibancadas. Coelho, da torcida organizada Máfia Azul, disse que estava entre os cruzeirenses no momento do conflito e que viu o outro suspeito, Múcio Reis Ribeiro, atirar uma bomba -não a que ele fabricou- contra a torcida adversária. Ele se apresentou à polícia acompanhado do pai, Antônio Coelho. Acompanhado da advogada da Máfia Azul, Suelene Ribeiro de Almeida, Múcio Ribeiro, 25, negou ter qualquer envolvimento com o caso. "Sou inocente, não joguei a bomba. Não sei por que estão querendo me incriminar", disse ele, afirmando que tem testemunhas que podem comprovar que, no momento do conflito, ele estava tomando cerveja em um outro bar do estádio. O delegado João Bosco Guimarães, responsável pelo inquérito, disse que, além de Coelho, outras pessoas afirmam que viram Ribeiro atirar a bomba. Ele deve ser indiciado por homicídio doloso e lesões corporais. Coelho também deve ser indiciado por fabricação de explosivo. Texto Anterior: Brasil esportivo Próximo Texto: Corinthians busca rendimento dobrado Índice |
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